Juventude em outras culturas
Escolhemos três países para mostrar para vocês como é a adolescência neles. Entre quais escolhemos estão:- Camarões
- Etiópia
- China
Você já pensou em procurar sobre os jovens de outros países, culturas diferentes? Pois é, eles são muito diferentes. Se formos pensar oque pode ser velho para nós, para eles pode ser uma coisa extremamente nova que nunca virão em suas vidas, ou oque para nós é bonito para eles não e etc...
- Camarões:
Os objetos usados para diminuir os seios das adolescentes é um pilão, aquele de cozinha sabe? feito de madeira aquecido na brasa. Também são usadas cascas de coco, bananas e pedras, que são forçadas contra o corpo delas.
- Etiópia:
Crianças sem contato com palavras, ligaram os tablets , exploraram, aprenderam e hackearam em apenas 5 meses.
Em determinadas regiões africanas, sabemos que a educação é uma das lacunas mais pertinentes que existem, e persistem. São muitas as crianças que crescem sem saber ler nem escrever, e sem ter acesso a qualquer gênero de tecnologia... um contraste da nossa sociedade atual.
No entanto, o fato das crianças não terem um contato direto com práticas educativas, não significa que não tenham uma capacidade cognitiva e uma lógica pronta para se desenvolver corretamente... Muito pelo contrário.
- China:
"Quando
era repórter no Recife, sempre me impressionei como os jovens da periferia
envelheciam cedo. Envelheciam, sim, mais do que amadureciam. Pressão para
arrumar um emprego, a violência latente de suas comunidades, alcoolismo dos
pais e as dezenas de dificuldades que já sabemos de cor. Uma situação
semelhante encontrei na China. Semelhante, não igual.A primeira impressão que
tive é de que todas as meninas com quem eu trabalhava eram bem mais velhas do
que eu. Ledo engano. Todas eram bem mais novas. A mais velha tinha 24 anos.
Comecei a achar que era apenas a falta de costume ao padrão oriental. Mas,
também justifiquei minha primeira idéia pela postura madura que todas tinham.
Bem, aos 22 anos, lembro-me bem dos meus amigos e colegas, a maioria ainda conservava
aquela ar adolescente, de quem está na faculdade, curtindo uma semi-liberdade,
o primeiro carro, o primeiro estágio, que demandava uma certa responsabilidade,
mas não tamanha a ponto de fazer-lhes cancelar as festas e bebedeiras.
Aqui,
é diferente. Estão todos sob a gigante pressão dos números que indicam mais de
1 bilhão de pessoas em busca de oportunidades. Os chineses não se acham no
direito de arriscar, errar. Sabem que a margem para erro é pequena. Agarram-se
ao emprego e quase não reclamam das condições insalubres de trabalham que lhe
obrigam a ficar horas a fio em pé, usando saltos, sem direito ao descando
regulamentar. Quase não reclamam. Porque um dia o cansaço humano bate. E por
mais que os chineses enfrentem seus desafios com uma alegria quase brasileira,
é fácil ouvir: “Queria muito um dia mandar tudo para o espaço”.
As
condições de trabalho aqui: 9 horas por dia, 15 minutos de almoço e, muitas
vezes, apenas um dia de folga. Férias? Só em alguns casos. No hotel, depois que
cruzamos a porta que separa o corredor dos hóspedes para entrar na área dos
funcionários, o mal cheiro entranha. O dormitório das meninas é quente e seco.
Essas mesmas meninas que precisam ser tão maduras, fumam escondido dos pais,
nunca foram a um bar.
Um
dia, perguntei aos meus amigos que ainda estão na faculdade: Não existe nenhuma
área promissora, alguma em que os empregos sejam mais fartos? Resposta:
nenhuma!
A
pressão começa ainda mais cedo. Conversava com meus colegas sobre os desenhos
animados da infância: Mickey, Jaspion, Sonic. Os mesmos. Comentei que costumava
passar noites acordada jogando Sonic no videogame. William, um dos rapazes,
disse “Eu até que gostaria. Mas, eu tinha de estudar”. Eu respondi: “Mas, isso
era só nas férias”. Ele: “Aqui, a gente tem até férias. Mas, nossos pais
costumam contratar professores particulares para que continuemos tendo aulas e
assim, garantimos nosso emprego no futuro. Meu pai é policial, conseguiu pagar
essas aulas para mim, eu tinha de aproveitar”.
Essa
geração vem de pais que conseguiram certa ascensão e querem que os filhos subam
mais ainda. Correm atrás do tempo perdido. Em um salto, as crianças viram
adultos. Sem direito à adolescência, de errar. Os números de suicídio entre
jovens aumenta paulatinamente."