Jovens e as manifestações políticas
os caras pintadas:
Os caras-pintadas
foi o nome pelo qual ficou conhecido o movimento
estudantil brasileiro
realizado no decorrer do ano de 1992 que teve, como
objetivo principal, o impeachment do presidente do Brasil na época, Fernando Collor
de Melo. O movimento
baseou-se nas denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e, ainda, em suas medidas econômicas
impopulares, e contou com a adesão de milhares de jovens em todo o país. O nome
"caras-pintadas" referiu-se à principal forma de expressão e símbolo
do movimento: as cores verde e amarelo pintadas no rosto dos manifestantes.
Origem:
O governo de Collor:
O então presidente Fernando Collor
de Mello havia chegado ao
poder, em 1990, sob muitas críticas devido às interferências de grandes organizações
empresariais na campanha presidencial. As frentes políticas, lideradas pelo Partido dos
Trabalhadores e seu
candidato derrotado nas eleições (Lula), alegaram, na época, que os resultados
eleitorais haviam sido fruto de manipulação da opinião pública, com participação inclusive e
principalmente da Rede Globo de
Televisão.
No desenrolar do governo, o
presidente Fernando Collor tomou diversas medidas de caráter
anti-inflacionário, como mudança de moeda, criação impostos (IOF) e
redução de incentivos, aumento de tarifas públicas, dentre outras, que ficaram
conhecidas por "Plano Collor". A medida de maior repercussão foi
o empréstimo compulsório ao governo de todo valor mantido na poupança que
excedesse os 50 000 cruzeiros. A medida ficou conhecida popularmente como confisco da poupança, apesar de não se ter caracterizado
tecnicamente um confisco, já que o dinheiro seria devolvido.
MANIFESTAÇÕES POLÍTICAS E SOCIAS:
Houve uma série de manifestações
políticas e tumultos sociais no país e muitas vezes estes eventos terminam com
violência.
Muitas são as versões
sobre as causas das manifestações que acontecem hoje em nosso país. O ser
humano tem a necessidade, inclusive para manter a ordem psíquica, de dar
sentido às experiências que vivencia. Nessa perspectiva surgem leituras
políticas, sociais, econômicas, comportamentais sobre o movimento das massas
que eclodiu nas ruas de nossas cidades.
Aparentemente de um dia
para o outro, a população acordou para as injustiças e falcatruas que
aconteciam há muito tempo em todo território nacional. Na verdade, um fenômeno
dessa magnitude tem raízes em causas gestadas ao longo de muito tempo.
A internet, que
parecia um grande mecanismo de alienação em nossa sociedade individualista,
acabou produzindo um grande fenômeno de agrupamento social. E a descoberta da
força que um grande grupo possui vem estimulando e ampliando as adesões de
diversos segmentos nas manifestações. Assistimos agora, diariamente, centenas,
de pessoas se manifestando por causas que no início não estavam presentes nas
passeatas.
As manifestações
não tem uma bandeira única, uma cara única, tem muitas caras e inclusive
aqueles que escondem a cara. Esse fenômeno de múltiplas causas vem chamando a
atenção e sendo considerado diferente de outros movimentos reivindicatórios que
ocorreram em nossa história.
11 de julho é dia nacional de
greves, paralisações e manifestações de rua:
Nosso
país está sendo sacudido nas últimas semanas por grandes manifestações de rua.
O povo está indo às ruas, com a juventude à frente, para cobrar nossa
governante solução para as mazelas que afligem a vida de todos: além do
transporte, saúde, educação, moradia, inflação, violência policial, corrupção,
desmandos dos políticos, entre muitas outras.
A classe
trabalhadora brasileira precisa ocupar o seu lugar nesta luta, entrar nela com
todas as suas forças, de forma organizada, e em defesa de suas reivindicações.
Somos parte e apoiamos as manifestações que estão nas ruas, apoiamos suas
bandeiras. Precisamos com nossa ação, fortalecer esse processo de lutas e
agregar às bandeiras das ruas, as reivindicações da nossa classe.
O dia 11
de julho foi definido pelas centrais sindicais – além da CSP-Condutas, a Força
Sindical, CUT, CTB, UGT, NCST, CGTB, CSB – como um dia de greves, paralisações
e manifestações de rua, para cobrar do governo e dos patrões o atendimento de
nossas reivindicações:
- Reduzir
o preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos;
- Mais
investimentos na saúde e educação pública;
- Fim do
fator previdenciário e aumento das aposentadorias;
- Redução
da jornada de trabalho;
- Fim dos
leilões das reservas de petróleo;
- Contra
o PL 4330, da terceirização;
- Reforma Agrária