DROGAS ENTRE JOVENS POR SAMANTHA BENEDETTI E MARIANA COELHO
- O QUE SÃO DROGAS:
O descontrole (ou abuso do uso) está ligado a uma série de fatores tais como: o tipo de droga utilizado, dosagem, como administrar, estado de saúde física e mental, entre outros.
Recorrer às drogas psicoativas foi, através de tempos, utilizados pelos mais diversos grupos com fins religiosos, culturais, medicinais ou de prazer. Hábitos e costumes sociais ditavam seu uso em cerimônias coletivas, rituais ou festas. Nesses contextos, de um modo geral, não representam perigo maior para a comunidade pois seu uso estava sempre sobre controle.
Atualmente, o
problema é justamente o uso indiscriminado, como forma de alienação (fuga) da
realidade, de relaxamento das tensões da vida moderna ou como tentativa de
superação de problemas não-resolvidos. Mudanças sociais e econômicas são também
fatores que levam ao uso das drogas. A insatisfação e o estresse constante a
que o homem moderno vive submetido, bem como o estímulo crescente ao consumo e
à posse de mais e mais bens materiais, incentivam a busca de novos produtos e
prazeres - as drogas podem ser um deles. Estas vão, vagarosamente, afastando as
pessoas da possibilidade de uma busca para os seus problemas.
- A devastação que as drogas fazem no cérebro
As drogas agem na parte mais
delicada do cérebro humano, o mecanismo de transmissão os impulsos nervosos. O
cérebro tem por bilhões de células, o neurônio, que se comunicando entre si
geram sensações, o pensamento ou a ação. Essa comunicação só acontece graças a
substâncias químicas conhecidas por neurotransmissores. É aí que as drogas
chegam para atrapalhar. Interagindo com os neurotransmissores, tornam
imprecisas as mensagens entre os neurônios. É o fim dos impulsos nervosos. Elas
podem estimular o sistema nervoso central, como a cocaína, a cafeína e a
nicotina. Deprimi-lo como o álcool ou a heroína. Perturbá-lo, como é o caso da
maconha e do ácido lisérgico. Fica-se eufórico inapetente ou insone. Veem-se
coisas. Ouvem-se sons.
Dependendo do tipo de droga, da quantidade usada e do tempo de uso,
variam os malefícios. A cocaína e atualmente o Crack são as drogas que mais
rapidamente devastam o usuário. Bastam alguns meses ou mesmo semanas para que
ela cause um emagrecimento profundo, insônia, lesão da mucosa nasal e maior
suscetibilidade a convulsões. Ao longo dos anos, porém, os efeitos destrutivos
do álcool são mais graves e numerosos. Entre eles estão gastrite, hipertensão,
pancreatite, miocardite, hepatite e cirrose. Retrato dessa tragédia
são as clínicas brasileiras. A média de idade das pessoas que procuram ajuda
contra a bebida, por exemplo, é de 35 anos. Contra a cocaína e crack, 20 anos.
Cada droga em particular tem efeitos
próprios, mas podemos sistematizar alguns efeitos gerais:
1. Alterações do sistema
nervoso central;
2. Alterações sexuais - as
drogas produzem exacerbações da libido ou o contrário;
3. Desequilíbrio orgânico
- o uso de drogas afeta todas as partes do organismo. Promove alterações
respiratórias e circulatórias. O viciado com o tempo adquire aspecto próprio
tornando-se pálido, com os olhos esbugalhado
e sinais de envelhecimento precoce;
4. Convulsão e
desagregação mental - no início o adolescente experimenta excitação da memória
e aclaramento de ideias e isso o anima a continuar. Mais tarde aparece apatia
psíquica, embotamento, idiotice e psicoses.
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