quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Jovens e as manifestações políticas por Laryssa Burga , Bruna Theodoro e Thatiely Rezende

                                            Jovens e as manifestações políticas

os caras pintadas:
Os caras-pintadas foi o nome pelo qual ficou conhecido o movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de 1992 que teve, como objetivo principal, o impeachment do presidente do Brasil na época, Fernando Collor de Melo. O movimento baseou-se nas denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e, ainda, em suas medidas econômicas impopulares, e contou com a adesão de milhares de jovens em todo o país. O nome "caras-pintadas" referiu-se à principal forma de expressão e símbolo do movimento: as cores verde e amarelo pintadas no rosto dos manifestantes.
Origem:
As origens do movimento remontam ao final da década de 1980 e início da década de 1990, época em que os estudantes brasileiros, representados pela União Nacional dos Estudantes e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, tiveram grande protagonismo nas lutas sociais do país. Tal protagonismo deveu-se, sobretudo, às campanhas pela conquista do passe livre nos transportes e da meia-entrada nos cinemas, no âmbito da aprovação da lei orgânica dos municípios, consequência da promulgação recente da Constituição brasileira de 1988.
O governo de Collor:
O então presidente Fernando Collor de Mello havia chegado ao poder, em 1990, sob muitas críticas devido às interferências de grandes organizações empresariais na campanha presidencial. As frentes políticas, lideradas pelo Partido dos Trabalhadores e seu candidato derrotado nas eleições (Lula), alegaram, na época, que os resultados eleitorais haviam sido fruto de manipulação da opinião pública, com participação inclusive e principalmente da Rede Globo de Televisão.
No desenrolar do governo, o presidente Fernando Collor tomou diversas medidas de caráter anti-inflacionário, como mudança de moeda, criação impostos (IOF) e redução de incentivos, aumento de tarifas públicas, dentre outras, que ficaram conhecidas por "Plano Collor". A medida de maior repercussão foi o empréstimo compulsório ao governo de todo valor mantido na poupança que excedesse os 50 000 cruzeiros. A medida ficou conhecida popularmente como confisco da poupança, apesar de não se ter caracterizado tecnicamente um confisco, já que o dinheiro seria devolvido.
                                   MANIFESTAÇÕES POLÍTICAS E SOCIAS:
Houve uma série de manifestações políticas e tumultos sociais no país e muitas vezes estes eventos terminam com violência.
Muitas são as versões sobre as causas das manifestações que acontecem hoje em nosso país. O ser humano tem a necessidade, inclusive para manter a ordem psíquica, de dar sentido às experiências que vivencia. Nessa perspectiva surgem leituras políticas, sociais, econômicas, comportamentais sobre o movimento das massas que eclodiu nas ruas de nossas cidades.
Aparentemente de um dia para o outro, a população acordou para as injustiças e falcatruas que aconteciam há muito tempo em todo território nacional. Na verdade, um fenômeno dessa magnitude tem raízes em causas gestadas ao longo de muito tempo.
A internet, que parecia um grande mecanismo de alienação em nossa sociedade individualista, acabou produzindo um grande fenômeno de agrupamento social. E a descoberta da força que um grande grupo possui vem estimulando e ampliando as adesões de diversos segmentos nas manifestações. Assistimos agora, diariamente, centenas, de pessoas se manifestando por causas que no início não estavam presentes nas passeatas.
As manifestações não tem uma bandeira única, uma cara única, tem muitas caras e inclusive aqueles que escondem a cara. Esse fenômeno de múltiplas causas vem chamando a atenção e sendo considerado diferente de outros movimentos reivindicatórios que ocorreram em nossa história.
11 de julho é dia nacional de greves, paralisações e manifestações de rua:
Nosso país está sendo sacudido nas últimas semanas por grandes manifestações de rua. O povo está indo às ruas, com a juventude à frente, para cobrar nossa governante solução para as mazelas que afligem a vida de todos: além do transporte, saúde, educação, moradia, inflação, violência policial, corrupção, desmandos dos políticos, entre muitas outras.
A classe trabalhadora brasileira precisa ocupar o seu lugar nesta luta, entrar nela com todas as suas forças, de forma organizada, e em defesa de suas reivindicações. Somos parte e apoiamos as manifestações que estão nas ruas, apoiamos suas bandeiras. Precisamos com nossa ação, fortalecer esse processo de lutas e agregar às bandeiras das ruas, as reivindicações da nossa classe.
O dia 11 de julho foi definido pelas centrais sindicais – além da CSP-Condutas, a Força Sindical, CUT, CTB, UGT, NCST, CGTB, CSB – como um dia de greves, paralisações e manifestações de rua, para cobrar do governo e dos patrões o atendimento de nossas reivindicações:
- Reduzir o preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos;
- Mais investimentos na saúde e educação pública;
- Fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias;
- Redução da jornada de trabalho;
- Fim dos leilões das reservas de petróleo;
- Contra o PL 4330, da terceirização;
- Reforma Agrária

Nenhum comentário:

Postar um comentário